O
Prêmio Literário Ioepa Dalcídio Jurandir 2019 foi entregue aos 14 vencedores,
em uma cerimônia marcada pela emoção no sábado (4), na Arena Multivozes, na
programação da 24ª Feira do Livro e das Multivozes, na Arena Guilherme Paraense
(Mangueirinho), com a participação do presidente da Imprensa Oficial do Estado
(Ioepa), Jorge Panzera, da Secretária de Estado de Cultura (Secult), Úrsula
Vidal, e do coordenador da Editora Pública Dalcídio Jurandir, Moisés Alves.
Durante
o evento, os premiados e o público participante da Feira do Livro puderam
assistir a um vídeo do escritor e professor de Letras da Unama, Paulo Nunes,
falando sobre a satisfação em participar como jurado da premiação do edital,
que considerou um “mapeamento geopoético” da literatura produzida no estado.
Paulo
Nunes parabenizou a 24° edição da Feira do Livro e a ação da Imprensa Oficial
do Estado pelo trabalho à frente das publicações e estruturações de editais que
contemplaram diversos gêneros, vozes e modalidades de textos literários.
"Nos
impressiona o fato de nós termos, com as publicações feitas por este edital, um
mapeamento de toda a geopoética do estado do Pará, do Xingu ao Marajó, do Sul e
Sudeste do Pará à região metropolitana de Belém, sem esquecer a riquíssima
região do Baixo Amazonas, Santarém e arredores", comentou Paulo Nunes.
A
cerimônia de premiação do Prêmio Literário Ioepa Dalcídio Jurandir 2019 se
iniciou com uma apresentação sobre a vida do escritor paraense que dá nome ao
edital, Dalcídio Jurandir, seguida de entrega de um certificado e dos livros
impressos pela Editora Dalcídio Jurandir. O edital foi lançado na abertura da
23ª Feira do Livro e das Multivozes, em 2019. Devido à pandemia de covid-19, a
premiação e os lançamentos das obras só puderam ocorrer neste ano.
Abrangência - Para Moisés Alves, coordenador e editor da
Editora Pública Dalcídio Jurandir, a premissa de abrangência do edital também
foi cumprida, já que, das 12 regiões de Integração do Pará, autores de 10
destas regiões foram contemplados.
"O
alcance das regiões do Pará que foram atendidas pelo nosso edital mostra como
ele foi transparente, inclusivo e democrático. Foi um trabalho inédito pela
abrangência territorial, pelo fato de lançar autores nunca antes publicados e
pela difusão de nossa cultura", afirmou Alves.
Jorge
Panzera, presidente da Ioepa, destacou a importância do edital para a
divulgação de novos autores e de obras inéditas e falou sobre a felicidade de
poder receber todos os autores premiados. "Queremos também agradecer a
todos os que trabalharam nessa empreitada e que acreditaram que nossa proposta
era uma coisa séria e que agora culmina com esse momento de celebração”.
Panzera
também agradeceu à secretária Ursula Vidal, pela parceria com a Imprensa
Oficial do Pará, e aos autores premiados. “O prêmio só existe porque eles se
aventuraram nos caminhos do livro; vocês deram sentido e razão para o Prêmio
Dalcídio Jurandir", discursou Jorge Panzera.
“Quero
parabenizar a Imprensa Oficial que tem essa editora que leva o nome que traz a
força da nossa literatura, da nossa identidade regional. Quero agradecer a
Ioepa por essa parceira nessa política pública de acesso à cultura, ao fomento
à literatura e edição de livros, que se soma a outras políticas estaduais de
fomento ao livro e leitura. Parabéns à Editora Dalcídio Jurandir e aos
escritores que hoje têm aqui materializado o desejo de ter o seu livro
publicado, o livro que é produto cultural; a concretização de seus sonhos”,
declarou Úrsula Vidal.
Premiações e lançamentos - A jovem Fernanda
Karla Miranda Dalmam, de Altamira, na região do Xingu, e que escreveu o romance
“Clarice”, lançado neste sábado (04), estava muito feliz por ter a chance de
mostrar seu primeiro trabalho a um público ávido pela literatura, como o que
frequenta a Feira do Livro e das Multivozes.
“Estou
cheia de orgulho por ter conseguido ser escolhida pela editora da Ioepa para
fazer minha estreia na literatura. O edital abriu muitas portas para mim,
fazendo com que eu conhecesse e fosse conhecida por outros escritores de minha
região”, contou.
Carajás
- O poeta Adalberto Marcos da Silva, de Marabá, da região Carajás, que escreveu
o poema “Somos Terra, Somos Água, Somos Vida”, do livro “Antologia Poética”,
lançado pela Ioepa neste sábado (04), disse que não podia estar mais feliz de
se fazer presente à premiação. “É um momento único e ter participado do edital
mais importante da literatura do Estado do Pará foi uma honra, uma felicidade”,
opinou o poeta.
Outro
autor, da região Carajás, Airton Souza, premiado com “Receita para angustiar o
amor no coração da noite”, também lançado neste sábado, afirmou que ter
participado do edital foi uma chance de fazer seu trabalho ser mais conhecido
reconhecido. “Era um livro que estava guardado há anos e o edital da Ioepa foi
a chance de trazê-lo à luz. Para nós, escritores, isso é uma dádiva, uma
maravilha. O papel da Imprensa Oficial foi imprescindível na realização do meu
sonho e de vários outros que estão aqui”, relatou.
Taion
Almeida, autor de “Pedra Preciosa”, da região Araguaia, ressaltou a
oportunidade que o Prêmio Literário Ioepa Dalcídio Jurandir 2019 trouxe para
sua trajetória literária. “O edital foi lançado em um momento bastante
oportuno. É muito importante um edital que revela novos autores. Espero que o edital
frutifique, revele mais gente e que se transforme em uma política pública de
Estado; que seja uma coisa perene”, opinou Taion.
João
G. Brito, que escreveu “Pelo Caminho do Rio Envelhecido”, da região Cametá,
também fez questão de definir o edital da Ieopa como um momento marcante em sua
trajetória literária: “Tenho certeza que muitas portas vão se abrir para mim a
partir desse prêmio da Editora Dalcídio Jurandir”.
O
autor de “Bicho do Mato”, Franciorlys Viannza, da região Guajará, também
comentou sobre o edital da Ioepa. Em sua opinião editais que premiam com a
publicação de livros são sempre ideais porque oportunizam a muitos escritores a
chance de tirar sua obra da gaveta. “Porque é muito difícil ter recurso para
publicar o livro. Então, o edital da Editora Dalcídio Jurandir materializa
aquilo que é um sonho do autor", avaliou Vianzza.
Foram
premiados 14 autores de 11 livros, sendo 10 em prosa e uma coletânea de
poesias, com quatro poetas. Os livros e seus respectivos autores são:
CATEGORIA
PROSA - Taion Rehm Costs de Almeida - Região Araguaia – “Pedra Preciosa - Ou a
incrível aventura que o garoto Heliodoro...”; Francisco Egon da Conceição
Pacheco - Região Baixo Amazonas - “Marias e Encantarias II - Num tempo do era
...”; Airton Souza de Oliveira - Região Carajás – “Receita para angustiar o
amor no coração da noite”; Felipe Figueiredo De Campos Ribeiro - Região Guajará
– ‘Ínfimas Infâmias”; Marcos Samuel Costa da Conceição - Marajó - “O Cheiro dos
Homens”; João Pereira Loureiro Júnior - Região Rio Caeté – “As Cores da
Meia-Noite”; Lincoln Campos Pereira (Lincoln Campos Pranahê) - Região Rio Capim
–“Sapinho Perereco e o Grilo Saltitante”; e Franciorlys Viannza - Região do
Guamá – “Bicho do Mato”; João Gabriel dos Santos Brito - Região Tocantins – “Pelo
Caminho do Rio Envelhecido”; Fernanda Karla Miranda Dalmam - Região Xingu –
“Clarice”.
CATEGORIA
POESIA - Maria de Fátima Araújo Teles - Região Araguaia – “O Boi Pavulagem”;
Igor Barbosa Marques - Região Guajará - “Sem Mais, Adeus!”; Adalberto Marcos da
Silva - Região Carajás – “Somos Terra, Somos Água, Somos Vida”; Nathália da
Costa Cruz - Região Guajará - “Cobaia”
Lançamentos
- O estande da Ioepa recebeu quatro
lançamentos de escritores premiados pelo Prêmio Literário Ioepa Dalcídio
Jurandir 2019 no sábado (04): “Antologia Poética”, com os poetas Maria de
Fátima Araújo Teles, Igor Barbosa Marques, Adalberto Marcos da Silva e Nathália
da Costa Cruz; “Clarice”, de Fernanda Karla Miranda Dalmam; “Receita para
angustiar o amor no coração da noite”, de Airton Souza de Oliveira; - “O Cheiro
dos Homens”, de Marcos Samuel Costa da Conceição; e “O Cheiro dos Homens”, de
João Pereira Loureiro Júnior.
Texto:
Ailson Braga/Ascom Ioepa, com informações de Julie Rocha e Railídia Carvalho
Fonte: Ioepa