Com 150 obras publicadas e mais 30 publicações que serão lançadas na 26º Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, a Editora Pública Dalcídio Jurandir, da Imprensa Oficial do Estado, celebra nesta quinta-feira (24), seu quarto ano de fundação. Criada em 24 de agosto de 2019, a partir do Decreto nº 272 assinado pelo governador do Pará, Helder Barbalho, a Editora Pública viabiliza as publicações de escritores paraenses ressaltando as produções feitas na Amazônia.
A data foi comemorada em meio a uma reunião com representantes da Ioepa e do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) para tratar do livro "Engenhos no Pará", a sexta obra que será publicada pela Editora da Ioepa, numa parceria entre as duas instituições. O evento ocorreu na sede da entidade parceira, em Belém, com a presença da superintendente do Iphan no Pará, Cristina Vasconcelos; do organizador da obra, Giovanni Sarquis, arquiteto e técnico do Iphan; do presidente da Ioepa, Jorge Panzera, e do coordenador da Editora Pública, Moisés Alves.
A Editora Pública da Ioepa já publicou cinco livros em parceria com o Iphan: “Estrada de Ferro de Bragança - Memória Social e Patrimônio Cultural”, lançado em 2017, e uma série com quatro livros “Minha História, Nossa Cultura”, lançada em 2019.
Segundo o presidente da Ioepa, a celebração desta data representa o esforço de uma construção de uma política de valorização de autores paraenses. “Essa é uma ação de tanta importância que fez com que muitas pessoas se interessassem em publicar seus livros. Nessa caminhada, nós estamos nos preparando para na Feira do Livro lançar mais livros e trabalhando para, até o final do ano, chegarmos próximo de 200 livros publicados”, declarou ele.
O titular da Ioepa destacou ainda as principais ações nesta trajetória de valorização da literatura e do livro percorrida por esta gestão da Imprensa Oficial: além das publicações nas quatro linhas editoriais, a Editora lançou em 2019 o I Edital Literário Dalcídio Jurandir, premiando autores de todas as regiões de integração do Estado. “Estamos preparando o segundo edital já para ser lançado na próxima Feira do Livro, que terá muitas novidades e também vamos lançar na linha de autores fora de catálogo a série de livros infantis de Haroldo Maranhão. Trata-se de um importante escritor paraense que a editora já teve o privilégio de relançar logo quando foi fundada, um importantíssimo livro que se chama 'Flauta de Bambu'”.
Parceria com o Iphan - A obra "Engenhos no Pará" é resultado de uma coletânea de entrevistas com arquitetos feitas ao longo de 20 anos pelo organizador Giovanni Sarquis, sobre a arquitetura moderna, o ensino da arquitetura em Belém e o regionalismo, além da formação do curso de arquitetura e a importância desses personagens nesse momento de difusão do ensino. “A publicação é, de certa forma, uma tentativa de tornar possível entrevistas como material de conhecimento, como informação, que não é algo comum no meio da arquitetura, que é a divulgação de entrevistas como material de importância singular”, declarou Giovanni Sarquis.
O livro é dividido em cinco capítulos e trata dos engenhos de cana-de-açúcar e seu processo histórico desde o período colonial até meados do século passado, abordando sua importância social para a região. “A gente resgata a história, resgata o Pará, a gente vai resgatando o nosso patrimônio cultural e artístico, é mais um livro produzido que vem resgatar as histórias dos nossos engenhos que foram tão projetados no nosso interior do Pará e que muita gente não sabe e para o Iphan é de muita valia”, disse a superintendente do Iphan no Pará, Cristina Vasconcelos.
Segundo o coordenador da Editora da Ioepa, Moisés Alves, o livro terá um lançamento em versão digital no dia 31 de agosto, na sede do Iphan, juntamente com outra produção do Instituto nominada “Arquitetos: memórias e vivências”, do mesmo organizador. A versão física será lançada na 26º Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, em setembro, no estande da Ioepa. “Publicações como essa são importantes por ressaltarem a cultura e a história do Pará. Trata-se de de uma das nossas linhas de publicação que são as nossas parcerias institucionais, além de buscarmos que a nossa produção seja voltada para a literatura local”, disse ele.
Texto: Viviane Tamyres
Fonte: Ascom IOEPA